Um dos principais objectivos da TAP, é melhorar a pontualidade, tendo para isso investido «significativamente» já «com resultados à vista» quer nos horários quer na satisfação global dos clientes.

Segundo a companhia, «a pontualidade aumentou 17 pontos percentuais desde Setembro até hoje», passando de 50,6% para 67,7%.

«Esta semana [a pontualidade] rondou, consistentemente, os 90%», acrescentou Abílio Martins à Lusa.

O responsável de vendas e Marketing da transportadora aérea afirmou que «melhorar a pontualidade da TAP é um dos principais objectivos da companhia. Por isso, estamos a investir significativamente para melhorá-la, já com resultados à vista. No último ano, e enquanto não são feitas reformas no aeroporto de Lisboa, implementámos um conjunto de medidas, em várias áreas de actuação, que vão desde a infraestrutura, aos sistemas, processos e aumento de contratações».

O responsável enumerou assim algumas dessas medidas. Por exemplo, pela primeira vez na história da TAP, desde o verão, existem dois aviões de reserva, um no médio curso e um no longo curso.

Foi ainda criado o «novo espaço de Operações», o ‘IOCC — integrated Operations Control Center’, que concentra as principais áreas operacionais: o Centro de Controlo de Operações (CCO), o Centro de Controlo de Manutenção (CCM), o Centro de Coordenação de Passageiros (CCP), Escalas de Tripulações, Despacho Operacional e a Portugália, para facilitar a interacção e comunicação entre os colaboradores da área, «criando maior sinergia e possibilidade de resolução de problemas de forma mais rápida e eficaz».

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Em termos de tripulações, só este ano, a TAP contratou mais de 340 pilotos e 600 tripulantes de cabine, sendo que, entre Abril e Outubro, «a TAP recuperou de 3,6% de voos cancelados, por motivos imputáveis à companhia, para 0,7%».

Abílio Martins acrescentou que estas medidas permitiram diminuir, em cerca de 60%, os atrasos por falta de tripulação e acabar com os cancelamentos de voos devido ao mesmo motivo.

Foram ainda criadas novas equipas para a gestão de cada voo e reforçadas «as equipas de ‘handling’ [que dão apoio a passageiros e bagagens em escala] dedicadas e os equipamentos de apoio».

Referiu ainda que «há um ano, nasceu também uma nova profissão TAP, os ‘Red Caps’. Os ‘Turnaround Coordinators’ (TRC) chegaram para reforçar a equipa do ‘hub’ de Lisboa, com o objectivo de garantir a segurança, pontualidade e qualidade de serviço. Hoje, são 35 os colaboradores TAP que desempenham exclusivamente funções de ‘Turnaround Coordinators’. O objectivo é atingir os 50 TRC até ao final de 2018. Uma aposta da TAP para melhorar a pontualidade e o serviço ao cliente».

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A TAP investiu ainda «em muitas melhorias ao nível do atendimento ao cliente», por exemplo, com o lançamento de uma área exclusiva para passageiros que viajam sem bagagem de mão, desde o início de Julho — pleno pico do verão —, procedimentos «criados para facilitar todo o processo e melhorar os índices de pontualidade, com vista a aumentar a satisfação do cliente».

Abílio Martins afirmou também «conseguimos também, através da alteração de processos, diminuir o índice de malas extraviadas em dois terços, sendo agora um valor residual relativamente ao total de bagagem transportada».

Foi «também introduzido um novo serviço de bagagem, o ‘Follow-My-Bag’, que notifica o cliente caso a sua bagagem não tenha sido embarcada, podendo preencher de imediato o registo de perda de bagagem através de e-mail ou SMS», exemplificou.

Em resultado destas medidas, segundo o mesmo, «as avaliações NPS (‘Net Promoter Score’, que mede a satisfação do cliente), relativas ao processo de embarque subiram 7,2 pontos desde Junho até meados de Setembro».

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Com a introdução de novas refeições em classe económica do médio curso, em 28 de Outubro, a TAP «aumentou a satisfação do cliente em mais 40 pontos, segundo as avaliações NPS. Ou seja, passou de um valor negativo para um valor muito positivo», sublinhou.

O tempo de espera para atendimento no Contact Center da TAP caiu de sete para dois minutos.

E com estas medidas, sublinha, «o índice global de satisfação dos clientes aumentou [até Novembro de 2018] cerca de 40% face ao ano anterior».

No passado dia 15 de Novembro, o presidente executivo (CEO) da TAP, Antonoaldo Neves, disse, em Vila Nova de Gaia, que os atrasos na companhia este ano custaram mais 40 milhões de euros do que em 2017.