
A AirHelp, organização líder mundial na defesa dos passageiros aéreos, reuniu alguns dos casos mais insólitos que originaram perturbações em voos e que deram aos passageiros afectados direito a compensações financeiras.
Em 2018 foram em média, cerca de 170 voos por dia, partindo de Portugal que foram alvo de perturbações em 2018.
“Estes imprevistos acontecem em todo o mundo, sendo causados pelas mais diversas razões, algumas bastante insólitas e que podiam ser evitadas pelas companhias aéreas.”
A AirHelp, organização líder mundial na defesa dos passageiros aéreos, reuniu alguns dos casos mais estranhos e por vezes absurdos que deram direito “a compensação financeira, de acordo com a legislação dos direitos dos passageiros da UE.”
Um voo da British Airways de Londres para os Barbados não descolou a horas devido à falta de papel higiénico e headphones a bordo.
O avião descolou com cinco horas de atraso, o tempo necessário para reunir todo o equipamento em falta. Os 280 passageiros tiveram direito a compensações de 600 euros por pessoa.
A Jet2, uma companhia aérea low cost britânica também sofreu com problemas devido a falta de material a bordo.
Apesar de o voo de Glasgow com destino a Tenerife ter descolado dentro do horário previsto, teve de regressar e efectuar uma aterragem de emergência em Manchester.
O contratempo foi motivado por falta de água para a preparação de café e chá. Este facto obrigou os passageiros afectados a embarcar noutro voo em Manchester.
“Se voar, não beba” deveria tornar-se num lema para passageiros e sobretudo tripulantes.
De notar o caso de um voo de Amesterdão com destino a Nova Iorque que não saiu da pista, apesar de ter todo o material necessário.
“O problema foi causado pelo copiloto, que apresentou um elevado nível de álcool, excedendo o limite de 0,2 em três vezes. O piloto teve de pagar uma multa de 3400 euros e o voo foi cancelado.”
Na Finlândia, o nível excessivo de alcoolemia foi também o responsável por problemas num voo, desta vez originados por dois passageiros.
A tripulação teve de expulsá-los do avião e reparar a janela partida, destruída no “calor do momento”. “Como a companhia aérea poderia ter evitado o sucedido com antecedência, a AirHelp exigiu em tribunal que os passageiros afectados tivessem direito a uma compensação financeira e ganhou o caso.”
Problemas no voo: estes são os direitos dos passageiros
Cancelamentos e atrasos em voos podem dar direito a uma compensação de até 600 euros por passageiro.
O valor da compensação é calculado de acordo com a distância da rota.
O direito a compensação depende da extensão do atraso no local de chegada e da razão que originou o cancelamento ou atraso.
Os passageiros afectados podem submeter o seu pedido de compensação até três anos depois da data do voo.
Circunstâncias extraordinárias como tempestades ou emergências médicas podem isentar as companhias da obrigação de compensar os passageiros.